(sarah mcneil, poison tears of love)

eu ouvi som de lágrimas e amor.

com o parabelo na mão.

Em sua passagem pelo Brasil, o autor do Blogotheque, Vincent Moon, fez um registro do Tom Zé em São Paulo. O resultado foi o vídeo acima, que iniciou o Petites Planètes, novo projeto do Moon. Existe uma versão compacta e outra, a aqui mostrada, extendida.

Não quero mais ouvir, não quero mais escutar, não quero mais falar, não quero mais conversar. Ouvir? Só música. Escutar? Só música. Falar? Só se for de música. Conversar? Só sobre música. A música é a maneira de me refugiar, de me expressar, de me desligar do mundo. Me desligar de tudo. Me desligar. Mas nunca desligar a música da minha vida, de mim. Eu queria falar de mim. Eu queria falar de música.

Por que a vida não é como uma aula de teatro?

banda gentileza: afinal de contas.

só love, só love.

(que faz parte da trilha sonora da série as cariocas)

Clique neles e faça uma música!

Coloque seus óculos e feche suas pálpebras

Sua vida também tem trilha sonora? Não? Então não espere que te tragam cordas!?

Mostra a tua cara!

A imagem que você acaba de ver é altamente representativa. É semelhante. É real. É curioso. Pois sempre estamos aqui, ali ou lá. Porque sempre estamos prontos no palco. Porque sempre estamos iluminados por holofotes que nos cegam todo o tempo. E sempre projetamos sombra em algo ou alguém... Sempre temos que expressar algo. Sempre existem várias coisas nos compondo. Sempre estamos altamente cobertos. Sempre precisamos comer algo pra viver. Pentear pra não assustar. Ensaiar pra apresentar. Pensar pra falar. Arrumar pra mostrar. Mas e se eu não quiser ver. Se eu não quiser ter. Se eu não quiser falar nem ser. Afinal, o que vai adiantar tudo se nos perguntamos, onde está a minha cara?; onde está a minha identidade?; onde está a minha singularidade?