querermos cantar, querermos tocar, querermos escutar.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

não vou voltar


Por mais que a gente queira, não tem jeito: Aquela toalha branca não vai caber na sua bagagem. Todo mundo sabe, ao fazer uma mala apertada, que não haverá jeito de por as coisas, que lá estavam, de volta do mesmo jeito que estavam antes. Arriscamos deixar aquele - agora visto como - pedaço de infortúnio por ali em cima de algum sofá, na esperança de que por ali fique sem ninguém ver e você vá enfim pra casa com seu zíper fechado. "Era toalha para viagens" A gente pensa para se permitir. Mas dessa vez não, não quero voltar pra casa.
Tem gente que tem medo de descer as escadas escuras depois das segundas e quartas, mas eu - sinceramente - tenho mais medo do que encontrarei ao chegar ao final delas. A sensação de conhecer o tapete que antecede a "minha" porta me dá um pouco de aflição, me dá saudade de casa - e não da casa que está na minha frente.
- Droga! - Descobrem a minha toalha e então terei que inventar alguma outra coisa. Fecho os olhos, tudo é muito bom pra acabar agora! Com calma, volto a dizer: 
- Não quero ir embora.

E na esperança de ganhar um pouco mais de tempo - eu minto.
Alguém viu meu sapato? - proponho uma nova busca.


Um comentário:

  1. Não sei quem escreve, e nem importa!
    O fato é q fico mais feliz em voltar pra casa, esse ano percebi q conseguimos uma relação de pura aprendizagem, potencializadora e clara!
    Precisamos agora do tempo da "volta" pra entender melhor o q vivemos juntos!
    A toalha tá molhada e o tempo dela secar é tão importante quanto... Aí, podemos lavá-la pra voltar a usar melhor, e a partir disso tudo a toalha precisa sempre torna-se de vários tamanhos...
    bjs cheios de orgulho e felicidade!

    Márcio

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