querermos cantar, querermos tocar, querermos escutar.

domingo, 15 de maio de 2011

Ninguém escolhe crescer.

A gente não pode ficar pra trás. Quando tudo muda, quando qualquer coisa acaba, a gente tem mais mesmo é que mudar também, acabar também, cantar também. Quando o sol vira lua, e plutão aparece no céu, quando os signos caem, as cortinas se fecham e a cor muda. Tem coisa que não tem como se ensinar. É ser jogado na selva e aprender a caçar por si só, ou então ser caçado feito animal selvagem. Não importa os que os ambientalistas digam: tem horas que é matar ou morrer. E quando se canta pra a própria morte, é natural que ela ainda demore um pouco pra chegar, pro amor se anunciar, pra se dar um ultimo beijo enrugado e dizer "eu vou na frente meu bem, lhe encontro no outro lado". Quando a minha avó morreu, me falaram que os olhos dela diziam a mesma coisa. "Chegou a minha hora. Eu amo vocês minhas filhas, lhe amo Luiz, amo vocês meus netinhos e à minha irmã também, eu me vou agora, até logo e adeus."
As vezes nem tudo acontece como a gente pensa. As vezes tudo muda antes que a gente se dê conta, e nem sempre é pra pior. As vezes lá do alto Plutão nos surpreende e nos admira, bonito como ele é, fascinante como a vida é. Quem é experiente sabe que adeus é só um disfarce bonito pra um até logo, mesmo que o logo não seja daqui a pouco. E quando se torna experiente, meus amigos, se descobre se há muito mais à se experimentar do que o que a gente vai saber até o até logo.
"Até, Plutão, te vejo no Sol". - daqui a pouco.


Porque ninguém escolhe crescer.

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