querermos cantar, querermos tocar, querermos escutar.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

É impossível separar uma coisa da outra. Quando eu me preparo, umedeço os lábios, prendo o cabelo no topo da cabeça e finalmente abro a boca pra falar de música, o quer que seja, eu acabo falando de mim. Me vejo, sou, estou e me procuro em tudo aquilo que escuto. Como se cada compasso e ritmo fosse só mais uma maneira de me perceber. Crio relações (amorosas ou não) com cada som que eu escuto, incorporo e modifico (me), já que me acho e me encaixo em infinitas partituras.
Me senti um pouco como uma espécie de deus, naquele momento onde todas as luzes estavam apagadas e eu usando minhas próprias memórias e vontades, montei uma música com moedas e toctocs. O toc toc, me tocou de fato.  O som que virou música, virou música no exato momento em que eu começava a esperar. Esperar, pelo que? Pelo ritmo exato que eu sabia que estava por vir, pelo som, pelo tom... Esperar por mim.

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