querermos cantar, querermos tocar, querermos escutar.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

o silêncio do som.

às vezes eu não entendo essa cidade. tudo é sempre calor e sol, radiação e irradiação por todas as partes, calor humano até demais. mas é só ameaçar chover e a cidade toda pára. e estava eu, no ponto de ônibus, esperando e esperando. e passou de tudo, desde carro do correio a caixa forte. até trator passou por mim e não me levou aonde eu queria. mas tudo bem. enquanto eu esperava, fiquei ouvindo o som dos motores, do vento chacoalhando as folhas das árvores, dos passarinhos que por ali voaram e também a melodia confusa e desconexa das falas das pessoas. ah, são tantos signos que eu já nem sei mais se o que eu ouvi foi som ou silêncio. afinal, não se diz que a interferência de ondas pode, também, ser destrutiva? do caos urbano, fez-se o silêncio. e no silêncio, eu esperei.

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